De um upgrade do marxismo fracassado surgiu a Cultura Woke
Após a Segunda Guerra Mundial, o panorama mundial evidenciou o fracasso das previsões formuladas por Karl Marx. A revolução prometida não ocorreu conforme previsto, e os regimes que adotaram o socialismo marxista rapidamente se converteram em ditaduras opressoras e violentas. Este desfecho obrigou os adeptos do marxismo a repensar suas abordagens ideológicas. Posto que o socialismo não gerou a equidade e prosperidade esperadas, mas sim autoritarismo e repressão, a necessidade de adaptar e reciclar as ideias de Marx tornou-se imperativa.
Nesse cenário, surgiram filósofos pós-modernos como Michel Foucault e Jacques Derrida, que desempenharam um papel crucial na reinterpretação e desconstrução das ideologias marxistas tradicionais. Foucault, por exemplo, abordou questões de poder e como estas eram refletidas nas estruturas sociais, desconsiderando a tradicional análise econômica de Marx.
Paralelamente, Derrida introduziu o conceito de desconstrução, uma técnica que desmantelava as construções binárias do pensamento ocidental, incluindo as fundações do marxismo.
Desta forma, essa reformulação das teorias marxianas deu origem a novas análises críticas que eventualmente influenciaram a chamada Cultura Woke. Ao desconstruir a racionalidade das ideologias tradicionais e realocar o foco em outras formas de opressão e hegemonia, esses filósofos contribuíram significativamente para a evolução do discurso esquerdista contemporâneo.
Pós-Modernismo e a Desconstrução das Realidades Tradicionais
O surgimento do pós-modernismo trouxe consigo uma profunda reavaliação das noções estabelecidas de ciência, raças, sexos, orientação sexual e história. Michel Foucault e Jacques Derrida, figuras centrais deste movimento, propuseram que essas noções, antes vistas como imutáveis, são, na verdade, construções sociais sujeitas à interpretação e ao contexto.
O impacto do pensamento pós-moderno é notoriamente visível na maneira como a Cultura Woke aborda categorias sociais. O conceito de que toda certeza objetiva é uma ilusão contribuiu significativamente para a subjetividade extrema que predomina no discurso woke contemporâneo.
O Evangelho (João, VIII:32) dizia que a liberdade nasce do conhecimento da verdade. Para Derrida e os desconstrucionistas em geral, a liberdade consiste em negar a verdade, afirmando, com isso, o próprio poder. – Olavo de Carvalho
Outro aspecto crítico dessa transformação é a transposição do conflito de classes marxista para outras esferas sociais. Karl Marx inicialmente destacou a luta entre proletariado e burguesia como o motor das mudanças históricas. Contudo, na era pós-moderna, essa lógica foi adaptada por teóricos da cultura woke para incluir a oposição entre brancos e negros, homens e mulheres, heterossexuais e não heterossexuais, entre outras dicotomias. A luta de classes foi ampliada e substituída por uma luta entre identidades sociais, moldada pela ideia de opressão e resistência. Essa reinterpretação, que integra direto do pensamento de Derrida, coloca a inversão de papéis e a fluidez das identidades no centro das discussões culturais.
A Cultura WOKE explicada
Alexandre Ostrowiecki, fundador do Ranking dos Políticos, esmiuçou a Cultura Woke; desnudou suas origens, consequências e expôs como a China, a Rússia e os países islâmicos usam o Vírus Woke para debilitar o Ocidente e fortalecer seus regimes políticos.
“De pós-moderno para radical pós-moderno, ideologia woke, ideologia identitária, identitarismo, é tudo um pacote de ideias que vem se revoltando contra o mundo iluminista ocidental moderno, aquele mundo que zela pelos direitos individuais, onde todo mundo tem que ser tratado igual, onde a ciência vale para todos e existe uma verdade objetiva […] o objetivo número um dos pós-modernos é tentar devastar e destruir isso. E a mesma coisa acontece com a relação internacional, então quando você vê hoje, especialmente a esquerda identitária, passeatas contra Israel, ódio a Israel, as pessoas querendo destruir o país, falam que eles são genocidas, são assassinos, são colonizadores, com todas as evidências contrárias, com outros conflitos muito maiores acontecendo e ninguém falando nada, é por quê? Porque Israel assumiu o papel simbólico […], Israel virou branco simbólico, – apesar de que é mentira, porque em Israel mais da metade da população não é branca, são judeus negros e judeus do Oriente Médio – mas enfim, não importa, porque não importa os fatos, o pós-modernismo justamente fala que a objetividade, os fatos, não valem nada, então Israel virou o branco simbólico e os palestinos, por exemplo, são o preto simbólico, então portanto ele tem que ser sempre vítima, não importa se ele vai lá e sequestra crianças, não importa se eles estupraram, não importa se eles começaram uma guerra assassina, mas nessa ideologia as coisas são dadas não pelo que você faz, não pelo que você pensa, não pelo que você escreve, mas sim por qual grupo identitário você é.”, diz Ostrowiecki.
“O homem branco, hétero, o que resta a ele nessa interpretação? Ou ser um eterno pedidor de desculpas, sempre ajoelhando no milho e pedindo desculpas por existir e confessando todos os seus males, seus e dos seus antepassados, […] ou curiosamente ele tenta também buscar os seus pontos de opressão. Talvez seja meio insuportável para um homem branco conviver com isso. Será que todo mundo aguenta ficar pedindo penitência? […] Se você é um homem branco, qual a única forma que você tem de se redimir nessa ideologia, nesse novo mundo de opressões? Você se juntando a um grupo oprimido. E o homem branco não tem como virar negro, claro, mas ele pode virar mulher.”, aponta Ostrowiecki. [ Sobre este ponto, veja também o post Homem Trans Detona Ideologia De Gênero ]
Sobre o uso do Vírus Woke como arma na geopolítica, Ostrowiecki diz: “Então por isso que a gente vê essa repercussão tão grande e uma influência tão grande dessas ideias na grande batalha ideológica que tem hoje. Vamos supor que você é o Vladimir Putin da Rússia, no meio da guerra de invasão lá da Ucrânia, ou você é o Xi Jinping da China, e você quer enfraquecer os seus adversários, você quer enfraquecer o Ocidente, não como adversário militar e econômico somente, mas também como adversário ideológico. Você não quer que seu povo olhe para os Estados Unidos, olhe para o Canadá, olhe para a França e Inglaterra e fale, caramba, aquilo é uma alternativa ao autoritarismo que tem aqui na China.”
Assista abaixo ao vídeo do Alexandre Ostrowiecki:
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