Cerveja, carvão e recargas telefônicas: expansão dos negócios internacionais da família Castro
As revelações de uma investigação do engenheiro Norges Rodríguez Alminan ,cubano exilado nos Estados Unidos desde 2016, feita juntamente com a jornalista independente Cynthia de la Cantera Toranzo trouxeram à tona uma rede empresarial internacional da família Castro e da elite do poder cubano. Dois netos do próprio Fidel Castro estão na trama.
As empresas são ramos diversificados que vão desde recargas de telefone até cerveja , tequila e até carvão, possuindo filiais nos Estados Unidos, México, Panamá, Espanha, Reino Unido e Suíça.
“Eles (o regime), em 2013, começaram a oferecer um serviço para exilados pagarem telefones celulares para pessoas que estavam em Cuba. Então você estava em Miami, por exemplo, e queria que seu familiar se comunicasse e, através de empresas autorizadas pelo monopólio cubano de telecomunicações, ETECSA, fizeram você colocar 20 dólares, 100 dólares ou o que quisesse naquele telefone do seu parente. em Cuba para poder se comunicar”, explicou Rodríguez.
“Não foi por acaso que a prosperidade dos Adatos no México coincidiu com mudanças no mapa do poder em Cuba. Entre 2006 e 2008, Fidel Castro entregou o comando ao seu irmão Raúl, que implementou novas medidas de liberalização quando ocupava o cargo de presidente nos Conselhos de Estado e de Ministros. Entre as flexibilizações, Raúl Castro autorizou a compra de linhas e celulares de nacionais. ”
“Aí começamos a investigar quais eram as empresas que estavam autorizando a arrecadação daquele dinheiro de fora e o importante é isso: percebemos que o valor que elas recebiam por esse conceito era milionário . Estamos a falar que, a certa altura, eram 1,6 mil milhões de dólares por ano em recargas e serviços relacionados com telecomunicações. Foi aí que assumimos a tarefa de investigar quem eram as pessoas por trás dessas empresas”.
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