Pastel de Jiló e a Cantinela do Financiamento Estatal

Pastel de Jiló e a Cantinela do Financiamento Estatal

Contos e Crônicas

 

 

Era uma vez um pasteleiro que queria ganhar a vida vendendo pastel de jiló.

Infelizmente, parece que a pastelaria dele era um fracasso… quase ninguém estava interessado em pastel de jiló.

Um belo dia, o pasteleiro cismou que a existência da pastelaria dele era muito importante “para a sociedade”, logo, o governo devia sustentá-lo com dinheiro público pra ele poder continuar fazendo pastel de jiló, mesmo que ninguém quisesse comprar.

Algumas pessoas, compreensivelmente, foram contra. Elas achavam que dinheiro público não devia ser usado pra sustentar a produção de algo que ninguém quer consumir.

“Que absurdo!” – disse o pasteleiro – “Então vocês acham que a alimentação não é importante?”

O que o pasteleiro não entendia, é que o pastel de jiló dele não era “a alimentação”.

Era só uma das incontáveis alternativas de alimentação que existem no país.

Se ele fosse à falência, como deveria acontecer, “a alimentação” do país não ia acabar. Ele ia ser apenas mais um projeto fracassado saindo de cena, dando espaço para alguém tentar algo melhor, mais adaptado ao gosto do povo.


Obviamente, essa historinha não é sobre pastéis.

É sobre artistas, cantores, cineastas e etc que querem ser sustentados pelo governo para produzir conteúdo que ninguém quer consumir.

E, arrogância das arrogâncias, que acham que se o governo não der dinheiro pra eles “a cultura” vai deixar de existir.

 

Autor: Clarion de Laffalot
 

 

 
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