Bolsonaro prometeu privatizar a EBC, mas entregou o controle a militares e interesses chineses
A Promessa de Privatização da EBC
Durante a campanha eleitoral de 2018, Jair Bolsonaro prometeu privatizar a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), responsável pela TV Brasil — apelidada por ele de “TV Lula“. Criada por Lula em 2007, a emissora pública foi tachada por Bolsonaro como um “cabide de empregos” da esquerda. No entanto, uma vez no poder, Bolsonaro não apenas descumpriu a promessa de privatização, como entregou a EBC a um aliado de longa data: o general Luiz Carlos Pereira Gomes, colega da AMAN.
Cabide de emprego para militares
Luiz Carlos Pereira Gomes assumiu a presidência da EBC e promoveu uma guinada na gestão da empresa. A promessa de despolitizar e enxugar a máquina deu lugar à militarização da emissora. Oficiais da reserva passaram a ocupar cargos estratégicos, transformando o antigo “cabide de empregos do PT” em um novo cabide de emprego para militares.
Além disso, o general Gomes possuía um histórico curioso: ele realizou, em 2005, o curso de Estado-Maior na Universidade de Defesa Nacional do Exército de Libertação Popular da China. O fato passou despercebido por boa parte da opinião pública, mas teria consequências importantes mais adiante.
Acordo com o Partido Comunista Chinês
Uma das principais iniciativas do general à frente da EBC foi a celebração de um acordo de colaboração com a China Media Group, o maior conglomerado estatal de comunicação do Partido Comunista Chinês. O documento oficial do acordo circulou publicamente e causou desconforto entre setores da direita que ainda apoiavam o governo.
Diversos canais independentes denunciaram o caso. Além do portal Brasil Sem Medo, youtubers conservadores e outros blogs — como o Blogueiros do Brasil — divulgaram o conteúdo do acordo e criticaram a aproximação entre o governo Bolsonaro e a máquina de propaganda do regime comunista chinês. Mesmo assim, as denúncias foram ignoradas ou até hostilizadas por parte do eleitorado de direita.
A queda de Ernesto Araújo
O então chanceler Ernesto Araújo foi uma das poucas vozes dentro do governo a denunciar a estratégia neocolonialista da China na América Latina. Para ele, o Partido Comunista Chinês buscava exercer influência econômica e ideológica sobre os países da região por meio de investimentos e cooperação institucional.
No entanto, a pressão diplomática falou mais alto. Após uma série de desentendimentos públicos com o embaixador chinês no Brasil, Araújo acabou demitido. Fontes apontam que a exigência partiu diretamente do corpo diplomático da China, e o presidente atendeu ao pedido.
Em última análise
A promessa de romper com os esquemas de poder e influência do passado foi frustrada. A EBC não foi privatizada. Em vez disso, trocou de mãos, mantendo sua função como instrumento de poder — agora sob nova direção. A aproximação com o Partido Comunista Chinês, ignorada por muitos, revela contradições profundas de um governo que prometia o combate ao globalismo, mas flertou com ele nos bastidores.
Em dezembro de 2023, a plataforma de vídeos Rumble anunciou que iria desativar seu funcionamento no Brasil. A decisão foi tomada por discordâncias com as exigências da Juristocracia brasileira.
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