Humoristas condenados por piadas em ditaduras comunistas
Nas ditaduras comunistas, o humor, em qualquer forma, é tratado como uma ameaça. Não se trata apenas de piadas políticas — até comediantes que fazem observações sobre o cotidiano, cultura ou comportamento humano podem ser censurados, punidos ou presos. O motivo? O riso provoca reflexão, e pensar demais é perigoso onde o regime exige obediência cega. Neste post, mostramos como diversos humoristas foram perseguidos simplesmente por fazerem o público rir — e pensar. O humor livre é incompatível com o controle absoluto que essas ditaduras impõem à sociedade.
1- União Soviética (1924-1953, era Stalinista)
Serguêi Popóvitch foi preso em 1947 e condenado a 10 anos por contar 6 piadas “antissoviéticas”.
Mais de 200 mil pessoas foram presas por piadas na URSS, especialmente no Grande Terror (1937-1938).
Simon Vilensky, sobrevivente de gulag, disse: “Conheci gente presa só por ouvi-las.”
2- Hungria (1953, regime comunista)
Janos Harangozo, garçom, foi condenado a 3 anos de prisão por contar oito piadas sobre Stálin.
3- Cuba (2024, regime comunista)
José Manuel Barreiro Rouco foi condenado a 2,5 anos de prisão por compartilhar memes sobre Fidel Castro, Raúl Castro e Díaz-Canel.
4- Bielorrússia (2024, influência soviética)
Vyacheslav Komisarenko, comediante, foi condenado a 6 anos por piadas que ridicularizavam o ditador Alexander Lukashenko.
5- China (2023, regime comunista)
Li Haoshi, conhecido pelo nome artístico House, foi um comediante de stand-up que enfrentou severas consequências impostas pelo Partido Comunista Chinês por uma piada contada em 13 de maio de 2023, durante um show no Century Theater, em Pequim.
A brincadeira resultou em:
Suspensão de todas as suas apresentações.
Multa de 14,7 milhões de yuans (cerca de US$ 2 milhões) à sua agência, Shanghai Xiaoguo Culture Media.
Investigação policial, com relatos de que Li foi detido temporariamente (“remains in police custody”, conforme Washington Post).
Um pedido público de desculpas, no qual Li prometeu “refletir profundamente e se reeducar”.
6- Coreia do Norte (Cidadãos não identificado regime comunista) – Década de 2000
Relatos reunidos pela Radio Free Asia em 2008 apontam que, na Coreia do Norte, cidadãos eram presos por fazer piadas políticas em conversas privadas.
De acordo com desertores ouvidos pela emissora, essas manifestações de humor, embora comuns em círculos de confiança, resultavam em prisões imediatas caso fossem delatadas por informantes do regime.
As punições variavam de campos de trabalho forçado a sanções ainda mais severas.
A ausência de registros oficiais com nomes específicos reflete o rígido controle estatal sobre informações e a repressão sistemática à dissidência.
FONTE, ITEM 1 AO 6: Fernanda Salles
7- Brasil (2025, Governo Lula-Moraes)
A recente condenação do humorista Leo Lins a 8 anos de prisão por piadas feitas durante um show de stand-up no Brasil acende um sinal de alerta. Embora o país não seja formalmente uma ditadura, a criminalização do humor revela uma crescente intolerância ao pensamento livre e à sátira — características marcantes de regimes autoritários. Leo Lins não foi acusado de incitar violência ou crimes reais, mas de fazer piadas que ofenderam certos grupos. Quando piadas passam a ser tratadas como crimes, o problema não é o humor — é a sociedade. A comédia, por natureza, provoca, incomoda e faz pensar. E, como mostram os exemplos históricos das ditaduras comunistas, pensar demais sempre foi algo perigoso para os que querem controlar tudo — até o riso.
Assista ao vídeo abaixo:
Em dezembro de 2023, a plataforma de vídeos Rumble anunciou que iria desativar seu funcionamento no Brasil. A decisão foi tomada por discordâncias com as exigências da Juristocracia brasileira.
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