covid-19: O Passaporte Vacinal Começou em Israel e se espalhou

Covid: O Passaporte Vacinal Começou em Israel e se Espalhou

História Opinião

 

 

Em janeiro de 2021, o governo de Benjamin Netanyahu, em Israel, lançou o primeiro sistema de passaporte de vacina contra a Covid-19. Chamado de Green Pass, o modelo permitia acesso a eventos, academias, restaurantes e espaços culturais somente para vacinados.

A decisão, vendida como “solução sanitária”, rapidamente se tornou referência mundial, inspirando políticas semelhantes na Europa, nos EUA e também no Brasil.

Mas, quatro anos depois, com mais dados científicos e mais distância emocional, é impossível ignorar as consequências éticas, políticas e sociais desse experimento.
E agora, com discussões sobre vacinação obrigatória de crianças no Brasil, vale revisitar o conceito e entender os riscos de repetir erros do passado.

 

Israel inaugurou o modelo de segregação sanitária

O Green Pass foi anunciado como uma ferramenta para “voltar à normalidade”, mas, na prática, criou uma sociedade dividida entre cidadãos com direitos plenos e cidadãos com direitos condicionados.

Era o início de uma política global de segmentação, onde o acesso a serviços dependia não mais de saúde pública, mas de um status individual registrado em um QR code.

O impacto imediato:

  • Pessoas não vacinadas foram impedidas de trabalhar em determinadas áreas.
  • Crianças e jovens passaram a ter restrições de convivência social.
  • A discussão pública se empobreceu, virando “vacina ou exclusão”.

Esse experimento em solo israelense serviu como prova de conceito — e muitos governos passaram a vê-lo como modelo exportável.

 

Como o passaporte vacinal se espalhou pelo mundo

Em poucos meses, políticas semelhantes surgiram:

  • União Europeia com o Digital COVID Certificate
  • França e Itália com exigências amplas para transporte e lazer
  • Estados norte-americanos criando versões próprias
  • Governos locais brasileiros tentando replicar o sistema

O discurso era sempre o mesmo: “necessidade sanitária”.
Mas os dados posteriores mostraram que a transmissão continuou alta mesmo entre vacinados, desmontando o principal argumento de obrigatoriedade.

 

Por que o tema volta agora no Brasil

Apesar das polêmicas do passado, a pauta retorna disfarçada de “proteção infantil”:
a obrigatoriedade da vacinação de crianças contra Covid, mesmo sem consenso científico sobre custo-benefício e sem transparência completa sobre eventos adversos.

A lógica é semelhante:

  1. cria-se um clima de urgência;
  2. apresenta-se uma medida restritiva;
  3. transforma-se resistência em problema moral.

Por isso, revisitar a experiência israelense é fundamental.

 

O que a história recente nos mostra

  1. Políticas emergenciais tendem a virar permanentes

O passaporte era “temporário”. Tornou-se regra por mais de um ano.

  1. A pressão social substituiu o debate científico

Quem questionava a medida era rotulado — e não ouvido.

  1. O risco de coerção estatal aumenta

Quando o governo controla o acesso a direitos básicos, está aberta a porta para abusos.

  1. Crianças nunca deveriam ser alvos de experimentos políticos

A vacinação infantil obrigatória repete a lógica coercitiva aplicada aos adultos em 2021.

 

Perguntas e respostas (AEO)

O passaporte vacinal funcionou em Israel?

Não reduziu significativamente a transmissão e gerou forte discriminação social. Pouco depois, foi abandonado.

Por que ele virou modelo para outros países?

Israel foi o primeiro a aplicar em larga escala, e governos buscaram replicar rapidamente soluções visíveis — mesmo sem evidências sólidas.

O Brasil corre risco de repetir os erros?

Sim. A pressão por obrigatoriedade em crianças segue a mesma lógica de políticas coercitivas adotadas em 2021.

Questionar o passaporte vacinal significa ser contra vacinas?

Não. Significa defender liberdade individual, transparência e decisões baseadas em evidências, não em coerção.

 

Conclusão

A experiência israelense deveria servir como alerta — não como inspiração.
O passaporte vacinal foi um experimento social que gerou mais divisão do que proteção e abriu precedentes perigosos para restrições de direitos.

Se não aprendermos com 2021, corremos o risco de repetir em 2025 os mesmos erros, agora sobre as crianças brasileiras.

 

 

 
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