Foto do deputado americano Jim Jordan

Comissão do Congresso americano questiona colaboração do FBI para perseguir brasileiros residentes nos EUA

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O presidente do Comitê Judiciário americano, Jim Jordan, está exigindo respostas do FBI sobre relatos de que a agência contatou americanos em nome do governo brasileiro

 
 
Jim Jordan, presidente do Comitê de Assuntos Judiciários da Câmara dos Deputados dos EUA, enviou intimação ao diretor do FBI, Christopher Wray, para que ele dê explicações sobre a colaboração da agência com autoridades brasileiras para censurar dissidentes que residem em território americano.

“O Comitê de Judiciário e a Subcomissão Especial sobre a Aparelhamento do Governo Federal estão conduzindo uma supervisão sobre como e em que medida o Poder Executivo tem coagido ou operado em conluio com empresas e outros intermediários para censurar discursos legais. Trata-se de relatos de que o Federal Bureau of Investigation (FBI) está trabalhando com o governo do Brasil para contatar dois residentes dos EUA, incluindo um jornalista alvo de ordens de censura pelo governo brasileiro.

Em apoio à nossa supervisão, a Subcomissão Especial investiga como os governos de outros países, incluindo o Brasil, buscaram censurar discursos online. De acordo com relatos recentes, o governo brasileiro está tentando coagir a X Corp. (X) a bloquear certas contas em sua plataforma de mídia social que o governo brasileiro considera estar espalhando desinformação. Após a X apoiar a liberdade de expressão online, um juiz brasileiro abriu uma investigação contra a X e seu proprietário, Elon Musk, por se recusar a ceder às demandas de censura do Brasil.

X indicou que está sendo “forçada por decisões judiciais a bloquear certas contas populares no Brasil” ou enfrentar consequências sérias, incluindo grandes multas, a prisão de funcionários da X, e possível encerramento das atividades da X no Brasil.

O Comitê e a Subcomissão Especial souberam por documentos obtidos por intimação que o Tribunal Superior Eleitoral no Brasil e o Supremo Tribunal Federal ordenaram à X, Rumble, e outras plataformas de mídia social que suspendessem ou removessem mais de 100 contas desde 2022. Essas exigências de censura foram direcionadas a críticos do governo brasileiro e incluem o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, membros conservadores do legislativo federal, jornalistas, membros do judiciário, e até mesmo um cantor gospel e uma estação de rádio pop.

No Brasil, meios de comunicação recentemente relataram que o FBI, em nome do governo brasileiro, contatou dois residentes dos EUA, incluindo um jornalista alvo de algumas das ordens de censura pelos tribunais brasileiros. […] A recente abordagem do FBI levanta preocupações sobre se o FBI está novamente ajudando a facilitar os esforços de censura de um governo estrangeiro. A liberdade de expressão, incluindo a liberdade de expressão em plataformas digitais, é uma parte fundamental e necessária de sociedades democráticas e justas.”

A matéria do jornal Metrópoles indicada no documento afirma que o jornalista Paulo Figueiredo, que está com suas redes censuradas no Brasil, foi contatado pelo FBI para que prestasse um depoimento de forma voluntária. O jornalista respondeu que só prestaria depoimento se recebesse a intimação oficial e informações sobre a investigação. Diante da recusa do FBI em fornecer tais informações, Figueiredo teria se negado a depor, segundo a matéria.

A carta de Jim Jordan segue, fazendo a requisição de vários documentos relacionados à colaboração do FBI com o governo brasileiro.

Perceba que para os deputados republicanos que controlam a Comissão, há uma clara perseguição aos opositores no Brasil, representada por censura nas redes sociais e utilização do Judiciário para calar críticos do regime.

Tal postura sugere que Trump adotará medidas para coibir as ofensas aos direitos fundamentais no Brasil, caso ele retorne à Casa Branca no ano que vem, até porque há americanos, como o próprio Elon Musk, e residentes nos EUA sendo alvo dos abusos.

Infelizmente, Biden tem adotado uma posição favorável à censura de opositores, além da utilização do sistema de Justiça para perseguir adversários políticos, como está acontecendo com Donald Trump, apesar de nos EUA tal repressão não ter chegado perto da escala observada no Brasil.

Nos EUA, é inimaginável que a Suprema Corte abra uma investigação contra seus críticos, por exemplo.

A verdade é que a esquerda, no mundo inteiro, passou a adotar como política pública a supressão das liberdades individuais, e a busca pelo poder hegemônico, através da eliminação da oposição.

 

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